Sei!

Falam de passados de futuros.
Falam sem nada saber.
Que sabem eles das minhas vontades,
Do meu eterno sofrer?!

Consigo sorrir, consigo viver!
Consigo andar nesta vida, por vezes até nela correr.
Já só tenho coisas a ganhar,
Pois já perdi o que tinha a perder.

Em miudo sonhava...
Sonhava em encontrar a minha “Cinderela”,
A minha “Bela Adormecida”.
Foi preciso crescer,
E com os meus erros aprender,
Para perceber que ela já estava perdida.

Encontrei-a...
É a maior das verdades!
Posso sorrir porque metade do objectivo esta cumprido.
É com pena que sinto que a outra metade é impossivel.
A metade em que com ela fico.
A metade em que acordo e a encontro, envolta em tranquilidade.
É dura, é pesada, mas é a pura verdade.

Dói. Dói não sentir aquele cheiro mais vezes.
E se... e se... e se... E muitos mais “e se...”
De que isso interessa agora?!

Vivo por viver. Vivo para ganhar e não voltar a perder.
Vivo com medo de me entregar para não tornar a sofrer.

Vivo da essência dessas memórias.
Vivo das escolhas que faço e não das que fiz.
Sonho em provar-te, sem espaço de duvidas, que não fui
A maior das tuas vitórias, mas sim a tua maior derrota.

Não por orgulho, não por capricho, mas porque sei o que sou e sei o que és,
Mas principalmente porque ainda hoje sei o que poderiamos ser juntos.