quinta-feira, 2 de abril de 2009

Douta Ignorância

Ai se eu pudesse
Ver o céu cheio de vida
Observar o mar, repleto de sonhos.

Se eu conseguisse sentir aquela brisa,
Abrir os braços para o seu arrepio.
Ai se eu pudesse, abraçar esse frio.

Como era bom sentir o vento,
Ver que o precipício que inundava a minha visão.
Ai que bom que era, que viesse o vento
E me raptasse para um mundo de paixão.

Ai se eu pudesse
Ver a terra evoluir
Ver crianças, aprender com elas.

Se pudesse era tudo perfeito.
Era o concretizar de um desejo,
Era de todos, o mais douto almejo.

Como seria se controlasse,
Se fosse dono e senhor dos meus sentidos.
Controlar não é bom, mas se controlasse
E não sentisse esses sentidos perdidos.

Ai que bom que era,
Não esquecer o passado
Com ele aprender.

Ai que bom que era,
Sonhar com o futuro
E no presente viver.

Que bom que seria
Viver na douta ignorância.
Seria feliz com certeza
E ignorante até à última instância.

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