quarta-feira, 18 de março de 2009

Sementes

Apeteces-me e não te posso.
Sabes-me bem, mas já não recordo o teu sabor.
Quero-te a meu lado, quero sentir-te,
Faz-me falta o teu cheiro, o teu calor.

Sabes-me bem, e não te tenho.
Picas como o cacto, sabes à melhor cereja.
O meu ser parou no tempo,
Contou-me hoje, que a ti deseja.

A bipolarizada essência do teu ser,
Dá-me luzes de inocência.
Será esta a época dos medos, dos terrores,
Da deliberada decadência?!

Será que dá para ser antes
A época do amor e cumplicidade,
De ternura e atenção?
De companheirismo e verdade
Para aqueles que pensão que são?
Época de sorrisos e abraços,
Beijos na boca, flechas no coração.
Época de sonhos extravagantes
Daqueles que não lutam em vão.

Será que pode ser uma época dessas?!
Época em que se ama loucamente,
Perdemo-nos num segundo,
Desconhecendo quem somos no seguinte.
Momentos como este não se pedem,
São sentidos, não são pedidos por ninguém,
Nem pelo mais abastado pedinte.

São momentos que especiais nos tornam.
É por isto que somos todos diferentes.
Vem… Vem comigo ver o mundo…
Vamos disto tudo, deixar sementes!

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