
Isto a que nós falamos de evoluir o que é?! De onde vem?!
O próprio homem tem sofrido evoluções ao longo de gerações. Por exemplo, há cientistas que hoje defendem que dentro de alguns anos as crianças irão nascer sem terem o dedo que nós vulgarmente chamamos de “mindinho” dada a escassa utilidade que naturalmente, hoje em dia, lhe atribuímos. Como exemplo, temos também a redução dos maxilares humanos de gerações em gerações, dado que não utilizamos alguns dos dentes para a nossa alimentação, ou pura e simplesmente ganhámos o hábito de utilizar outros para essa mesma tarefa.
Esta evolução deve-se, a meu ver, a alguns factores importantes. Um deles é sem qualquer dúvida a aprendizagem. O Homo Sapiens, ou Homem Sábio/Racional, foi o despoletar da evolução da nossa espécie pois adquiriu, lá esta, com a evolução da espécie inteligência. Inteligência que se baseava na capacidade de memorização, depreensão de algumas actividades básicas e assim, durante milhares de anos foi aprimorando essas mesmas actividades até aos dias de hoje.
Outro dos factores que influenciaram esta evolução, no meu ponto de vista e também sendo extremamente importante de referir, tem a ver com o facto de, algures nessa evolução, o homem ter sentido a necessidade de socializar com outros seus semelhantes. Socialização essa que nos transportou para uma sociedade hoje em dia, dentro dos limiares da civilização. É importante essa socialização dado que aumenta a velocidade de aprendizagem da espécie, pois com o socializar com semelhantes, poupamos muitos erros, aprendemos, construímos idiomas, sejam eles sonoros ou gestuais e simplesmente nessa vivência o ser humano evolui. Evolução essa natural.
Existem também alguns factores que são contra naturais a esta tão natural evolução. Existem os que condicionam, como as regras, as leis, as barreiras intransponíveis, sejam elas naturais ou não, mas que na sua generalidade existem para que um desses factores importantíssimos para a evolução, que é a sociedade, não sofra a única possibilidade de se perder, sendo essa possibilidade a destruição. No meu ponto de vista a única forma de quebrar esta veia evolutiva de tudo, seja da escrita, seja do homem, ou mesmo de uma relação é simplesmente o seu terminar. Claro está que isto é visto de um ponto de vista de base, isto é, o homem se não socializar, continuará a aprender, o homem sem escrever poderá continuar a evoluir a sua escrita, lendo sobre ela, mas poderá atenuar a velocidade de toda essa evolução, não lendo, não estimulando o seu espírito criativo, pois este está também naturalmente ligado a evolução continua de uma espécie.
A criatividade é um dos pontos a ter em conta na evolução.
Mas todo este conteúdo tem como propósito o erro. É errando que mais se estimula o ser humano. E esse “erro” está também relacionado com a liberdade que este tem. Isto é, quanto mais o ser humano for livre, melhor pois todas as suas acções naturais serão desencadeadas naturalmente. Quanto mais o ser humano for condicionado nas suas acções naturais, seja este condicionar devido a outros que interagem com ele, seja a regras impostas por ele, por aquelas “burocracias intelectuais” como as regras de etiqueta e outros tantos impostos e diversas “sociedades”, o seu espírito criativo ficará naturalmente condicionado e assim retraído para o auge dessa natural evolução.
Isto do “erro” também é algo de natural, tornando toda esta interpretação viciosa e redundante. Isto porque, assumindo que o ser humano erra naturalmente e que esse mesmo erro o faz evoluir, então o ser que erra ao condicionar a vida/relação do próximo está também a evoluir, retraindo a evolução do próximo. Vendo isto do ponto de vista de uma sociedade em que existem inúmeras relações ou interacções todos nos condicionamos, todos usamos o condicionar do próximo para evoluir. Daí poderemos concluir que nós somos o principal entrave para a nossa própria evolução!
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