
Revejo o sentido que há nas coisas, e das coisas o seu sentido.
Vejo o que quero ganhar e o que não querendo, perco.
Questiono-me incessantemente sobre tudo.
É triste ver um peixe boiar.
É bom ter sonhos, é bom amar.
Amar com consciência, amar prudentemente.
Amar pormenores, paixão eloquente.
É bom sentir. Sentir a vida, vivendo-a apaixonadamente.
Como é bom sentirmo-nos ao segundo, o gosto do arrependimento,
O cobrar do momento e o regozijar do pagamento.
(Quebra)
A direcção destes ventos…
Onde me levarão eles?
Sei que me tenho, sei que comigo posso contar.
E este sol, eu que sou domador de nuvens, este sol, onde me aponta ele?
Que direcção pretende ele que eu tome?
(Quebra)
Caminho, seguindo os seus traços,
Caindo no devaneio da tua loucura.
Caio, levanto-me e sigo,
Caminharei seguindo o mais ténue traço que perdura.
Espero encontrar o fim deste arco-íris.
Encontrar todas as coisas fantásticas no seu despojar.
Encontrava-te a ti, meu mar infinito,
Nadando sem mesmo me aperceber do nadar.
Sentindo-te em cada canto meu,
O meu ser em ti a mergulhar.
Serias tu, a minha musa, serás o meu sabor,
Poderei ser eu, o teu olhar?
Quero apoderar-me da loucura.
Quero permanecer, timidamente, na penumbra do teu respirar.
Quero sentir, do teu coração o bater,
Desse bater, quero-me habituar.
Quero mostrar-te, meu mar infinito.
Que de Afrodite já passaste.
Quero andar livremente contigo, sobre o mar, percorrendo o céu.
Pois em mim já caminhaste.
Quero mostrar-te o mortal dos beijos,
Quero arriscar a vida a teu lado.
Acabaremos com a imortalidade divina,
Vivendo a vida no seu final, sem ser um fardo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário